terça-feira, 18 de maio de 2010

A lucidez da loucura


A SIC fez uma reportagem sobre o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Convido-vos a vê-la. Apesar de muitas limitações dá um pouco a noção da nossa realidade: dos que cá trabalhamos, dos que cá vivem, dos que cá vêm esporadicamente...
A nossa principal arma terapêutica somos nós próprios, os profissionais que cá trabalhamos e sobretudo a relação que estabelecemos com as pessoas (vulgo doentes). E já agora: não é possível fazer omeletes sem ovos. 
Apetece perguntar: 

Afinal qual é o valor destas vidas que estão aqui? 

E eu respondo a resposta de um Professor de Ética: 

Existem dois tipos de coisas no mundo: as que são substituíveis, logo têm valor e as que são insubstituíveis, logo não têm valor. Têm outra coisa: dignidade. É o caso da vida humana. 

Estas vidas não têm nem lhes deve ser atribuído qualquer valor. Têm dignidade! E essa é impagável. A seguir tem que se fazer outra pergunta: 

Será que valem o dinheiro que é gasto com eles? 

E já agora outra: 

E não se podia fazer mais e melhor?

E eu repito:

Mas como se fazem omeletes sem ovos?


MEDIDAS PARA REDUZIR O DÉFICE AGRAVARAO A SITUAÇÃO DA ECONOMIA

24-2010-Medidas-reducao-defice-agravam-crise-económica-social.pdf

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anunciado Roubo aos Trabalhadores - Desenvolvimento do País comprometido!

Foram ontem anunciadas medidas pelo Conselho de Ministros, negociadas entre o PS e o PSD, que vão contra os interesses de quem trabalha e do país:

1- Roubo nos salários, através do aumento do IRS;
2- Aumento do IVA, em todos os bens;
3- Congelamento nas admissões na função pública;
4- Corte nas verbas a aplicar nas autarquias;
5- Corte no apoio às empresas públicas;
6- Abandono do investimento público;

Estas medidas resultarão no estrangulamento do mercado interno, na diminuição ainda mais acentuada da actividade produtiva e no comprometimento do desenvolvimento económico.
Sem investimento público que promove o desenvolvimento económico, não se desenvolve a produção nacional, nem a criação de emprego.

A manifestação do dia 29 de Maio adquire uma importância ainda maior. A CGTP-IN tem um plenário de sindicatos extraordinário marcado com urgência para Sábado.

Precisamos lutar para contrariar estas medidas!

Diário Económico
Os portugueses vão sentir o aumento do IRS já este ano e, de acordo com as simulações feitas pela consultora KPMG para o Económico, são os três primeiros escalões que mais vão sentir o agravamento.
No entanto, serão sempre os contribuintes com rendimentos mais elevados que vão dar mais receita ao Estado, uma vez que pagam montantes mais elevados de imposto.
O primeiro-ministro apresentou a subida das taxas de IRS em um ponto percentual para os três primeiros escalões de IRS - rendimentos brutos anuais até 17.979 euros - e em 1,5 pontos para rendimentos a partir daquele montante.
Significa que quem estava sujeito, até agora, a uma taxa de 23,5%, passa a ter uma taxa de 24,5% de IRS, por exemplo. Estes aumentos afectarão todos os mais de quatro milhões de contribuintes.
Segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) relativos a 2007, são 3,8 milhões as famílias que vão ver o seu IRS agravado em um ponto percentual e 564,5 mil as que terão de pagar mais 1,5 pontos.
As simulações foram feitas pela KPMG e para todos os casos pressupõe-se a existência de encargos com educação e habitação, com as respectivas deduções pessoais.

Diário de Notícias
Pacote de austeridade foi ontem fechado entre o Governo e o PSD. Sócrates considerou-o "inevitável". Passos Coelho pediu "desculpa" e garante que não é um cheque em branco
"O mundo mudou nos últimos quinze dias." A frase é de José Sócrates e foi a justificação para o plano de austeridade, sobretudo para o aumento de impostos. O primeiro-ministro disse aos portugueses que estes sacrifícios eram "inevitáveis" para responder ao ataque dos mercados. Com o PSD assinou tréguas por ano e meio. As novas medidas para travar o défice e controlar a dívida vão prolongar-se até 2011.
Na voragem da crise e deste acordo feito em poucas horas, Pedro Passos Coelho sentiu necessidade de pedir "desculpa" aos portugueses. Até porque desde que é líder do PSD sempre se mostrou contra o aumento dos impostos.
Ontem, assumiu todas as responsabilidades e os custos políticos do entendimento com Sócrates. "Não quero lavar as mãos do acordo", disse o presidente social--democrata. E assumiu "o risco" de ficar associado a "um programa que traz mais sacrifícios aos portugueses". Deixou, no entanto, claro que não se "sente responsável" pela situação a que o País chegou.
As medidas que subscreveu chegaram-lhe à mão ao final da tarde de quarta-feira. E ontem na reunião de hora e meia com o primeiro-ministro não houve retoques de última hora nem nenhuma cedência.
O Governo comprometeu-se à partida a cumprir a regra que tinha sido balizada no Conselho Nacional dos sociais-democrata: a redução do défice é feita por acréscimo da receita em 1050 milhões de euros (impostos) e por cortes de 1100 milhões na despesa do Estado (ver textos nas págs. 6 e 7).
O líder do PSD garantiu aos portugueses que estas tréguas não são um cheque em branco. Avisou o Executivo de que a bancada do PSD vai entregar um diploma para reforçar os poderes da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e que os cortes na despesa são mesmo para fiscalizar.
Boa parte das medidas anunciadas ao País vão ter de passar pelo crivo do Parlamento e no curto prazo. A arrecadação fiscal do agravamento do IRS e do IRC vai materializar-se na alteração das tabelas de retenção na fonte do imposto sobre os particulares e no agravamento do pagamento especial por conta das empresas. A AR inevitavelmente terá de aprovar um Orçamento rectificativo a escassos meses após o de 2010 ter entrado em vigor.
Nem o momento de crise nem a necessidade imperiosa de um acordo de bloco central impedem que a tensão política entre o primeiro-ministro e o candidato ao seu lugar pelo PSD continue a manifestar-se. Sócrates desdenhou do corte de 5% no ordenado dos políticos, que tinha sido uma exigência de Passos. Chamou-lhe "medida simbólica". E disse: "Sou mais ligado aos resultados."
Passos ripostou: "Para o PSD há questões simbólicas que são essenciais sobretudo quando se exige aos portugueses que façam um sacrifício adicional." E, comentando o entusiasmo do líder do Governo com o crescimento económico no primeiro trimestre deste ano, foi cáustico. "Não partilho da ideia optimista de que a crise está vencida, nem que estejamos a dar uma lição à Europa."
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, também mostrava na SIC que acordo/acordo, amigos à parte. "Tenho é de pedir a compreensão aos portugueses e não pedir desculpa, porque não estou de má consciência..."
Seja como for, contestação de rua a este pacote deverá ser dura. Sócrates e Passos estão à espera da compreensão dos portugueses. Nas próximas legislativas, qualquer que seja o seu calendário, as urnas dirão quem os portugueses compreenderam melhor.

Diário Económico
O Governo anunciou ontem mais nove medidas do lado da despesa para cortar o défice orçamental. Saiba o que aí vem.
A partir do dia 1 de Julho, as admissões de pessoal na Função Pública ficam congeladas. Mesmo depois de ter admitido que o Estado teria de acelerar as contratações de pessoal para compensar a corrida às
reformas verificada no início do ano, o Governo apertou ainda mais as contratações. Esta é apenas uma das novas medidas de corte na despesa para reduzir o défice. Conheça todas as novidades.
1 - Admissões na função pública congeladas. O controlo das admissões no Estado vai ser ainda mais apertado. Em vez da regra 'dois por um', que implica que por cada duas saídas de funcionários para a aposentação, só pode ser admitido um novo trabalhador, as admissões ficam mesmo congeladas. No final do Conselho de Ministros, Sócrates restringiu a medida à Administração Central, mas ao final do dia o Ministério das Finanças confirmou ao Diário Económico que o congelamento se aplica a todas as administrações: "Só haverá admissões em casos excepcionais e devidamente fundamentados. A regra é aplicável a todas as administrações".
2 - Salários dos políticos reduzidos em 5%. O primeiro-ministro admitiu que esta não é uma medida com objectivos financeiros, mas sim simbólicos. E disse até que resultou de uma cedência na negociação com o PSD. Mas o que é certo é que os titulares de cargos públicos e os gestores públicos terão de suportar um corte de 5% no seu salário.
3 - Cativação de suplemento. Na administração central, todos os suplementos não obrigatórios serão cativados. Ou seja, na segunda metade de 2010 e durante o próximo ano estes suplementos não serão pagos, reduzindo-se uma vez mais as despesas com pessoal da Função Pública.
4 - regras mais apertadas no acesso a prestações. A atribuição de prestações sociais e o direito à sua manutenção será mais regrada. O Executivo aprovou ontem em Conselho de Ministros um decreto-Lei que estabelece mais critérios para aceder as estes apoios do Estado. Além disso, quem beneficia do Rendimento Social de Inserção será também sujeito a uma maior fiscalização.
5 - eliminação antecipada de medidas anti-crise. Apesar da retoma económica ainda seguir a ritmo lento e estar longe de ter sido consolidada, "as medidas anti-crise serão retiradas" mais cedo, de acordo com o comunicado do conselho de Ministros. Alguns exemplos são o alargamento do prazo do subsídio social de desemprego, o reembolso mais rápido dos impostos anuais ou as ajudas no pagamento do crédito à habitação em caso de desemprego de um dos titulares.
6 - corte nas verbas para as autarquias e regiões. As verbas que são transferidas para os municípios e para as regiões ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental vão sofrer um corte. O valor em discussão era um corte de 100 milhões de euros no total das verbas, mas ontem o primeiro-ministro não confirmou qual o montante final decidido.
7 - sector empresarial do estado recebe menos. Não são só as autarquias que terão de se sujeitar a cortes orçamentais. Também as empresas públicas terão de funcionar com uma verba mais baixa. Em causa estão, por exemplo, os hospitais-empresa. Em cima da mesa esteve também a possibilidade de se reduzir em 100 milhões de euros a verba para a RTP, mas o primeiro-ministro não detalhou ontem mais pormenores.
8 - Serviços ficam sujeitos a tectos de despesa. Os fundos e serviços autónomos serão sujeitos a tectos de despesa. O objectivo é evitar descontrolos orçamentais que penalizem a consolidação do conjunto das administrações públicas.
9 - cortes em comunicações e nos investimentos. Tal como já tinha ficado prometido, o Governo voltou ontem a sublinhar as restrições às despesas do Estado com comunicações (haverá uma cativação de 20% destas verbas) e aos investimentos.

Manifestação Nacional 29 Maio

Manifestao_Nacional

Os ricos para serem mais ricos obrigam os trabalhadores a ficar mais pobres

CI024

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Wanted: 2.4 million nurses, and that's just in India


WHO home

In most countries of the world there is a shortage of nurses but nowhere is it so acute as in the developing world. With International Nursing Day on 12 May 2010, Kathryn Senior investigates.

In every country, rich or poor, the story is the same. There are not enough nurses. The developed world fills its vacancies by enticing nurses from other countries, while developing countries are unable to compete with better pay, better professional development and the lure of excitement offered elsewhere.
A nurse administers eye drops to a child.
International Council of Nurses
A nurse administers eye drops to a child.
A World Bank report released in March describes the severity of the shortage of nurses in the Caribbean and Latin America alone. English-speaking Caribbean nations currently have 1.25 nurses for every 1000 people; 10 times fewer than countries in the European Union and the United States of America (USA). Around three in every 10 nursing positions currently remain unfilled and the report predicts that Caribbean countries will be short of 10 000 nurses to help care for their ageing population by 2025.
According to Deena Nardi, director of the Nurse Delegation Programme at the International Council of Nurses, the Caribbean is particularly prone to losing its nurses. “The global migration of nurses is particularly severe in smaller island nations such as Jamaica, where 8% of its generalist nurses and 20% of its specialist nurses leave for more developed countries each year,” she says. Between 2002 and 2006, more than 1800 nurses left the Caribbean to work abroad. “People do not leave only for higher salaries – moving for better work conditions and the opportunity to progress professionally are also part of the problem.”
“These ‘push’ factors are very hard to fix,” says Christoph Kurowski, World Bank sector leader for human development, and author of the report.
Nardi stresses that the Caribbean countries are not an isolated example. “In Malawi, there are only 17 nurses for every 100 000 people,” she says. In India, nurse shortages occur at every level of the health-care system. According to Dileep Kumar, chief nursing officer at the Ministry of Health and director of the Indian Nursing Council, 2.4 million nurses will be needed by 2012 to provide a nurse-patient ratio of one nurse per 500 patients.
“The data show that the states with the worst health-care human resource shortages are also the ones with the worst health indicators and highest infant and child mortality,” says Nidhi Chaudhary, from the World Health Organization’s office in New Delhi, India.
In Indonesia there is a shortage of nurses at health-care facilities but, in contrast with other countries, there are also many unemployed nurses. “The problem here is connected with mismanagement of nurse hiring and placement due to lack of resources,” says Achir Yani Syuhaimie Hamid, president of the Faculty of Nursing at the University of Indonesia. According to the standards set by the Ministry of Health, the ideal ratio of nurses to patients in Indonesian hospitals is 2:1 to allow for shift working, 24-hour coverage and maternity- and sick-leave. “In reality there are only 500 nurses for every 500 beds,” says Hamid.
Paucity of training is cited as one of the main reasons for the global nurse shortage. Nardi warns that in developing countries the focus of nurse training is often an issue, with curricula more suited to teaching skills useful in developed countries rather than in resource-poor settings in nurses’ home countries. “We see increasing student nurse attrition,” she says.
The Philippines is one of the world's largest exporters of nurses.
International Organization for Migration/Angelo Jacinto
The Philippines is one of the world's largest exporters of nurses.
Charlene Gyurko, of Purdue University, in Indiana, USA, thinks that another important factor is the shortage of well qualified nurse trainers. “The nursing faculty shortage is only partly due to global migration – faculty members tend to be older nurses and there is a reduced pool of younger nurses to replace them when they retire. The current trend is to rely on part-time nurse trainers, while reducing full-time faculty positions,” she observes.
According to Dr Jean Yan, from the Health Professions Networks, Nursing and Midwifery unit at the World Health Organization, the faculty-student ratio in developing countries is reported to be as high as 1:45 compared with a 1:12 ratio in developed countries. “The chief nursing officer in Kenya tells us that the country has enough teaching staff to train just 100 nurses and midwives per year, at which rate it would take Kenya literally hundreds of years to prepare the required number of nurses and midwives needed to provide quality health care to its population,” she says.
In the Maldives, Aminath Saeed, deputy director of general nursing at the Maldives Nursing Council, reports that opportunities for career progression in nursing are limited. “Training facilities are poor and the profession is not attractive to the young people with potential in our country,” she says. As many countries do, the Maldives is dealing with the shortfall by recruiting nurses from other countries.
In countries with widespread nurse shortages, the public health system does not have the capacity to contain a vector-borne illness or to control the spread of contagious diseases. “Treatments cannot be monitored, waiting times for any treatment are prolonged, patient education is not delivered, and patients wait in crowded rooms or sleep on floors. Diseases spread and the incidence of preventable diseases increase; we see this process recurring relentlessly especially where there is armed conflict,” says Nardi, who notes that many initiatives that aim to improve nurse-to-patient ratios are already up and running. “A good example is Malawi’s ‘top-up’ bonus for nurses, which aims to retain the country’s nurses and support their professional development,” she says.
The International Council of Nurses has established the International Nursing Education Network, a collaboration with the National League for Nursing in the USA to address the shortages of nurses and nursing educators that exists in many countries. The inaugural meeting was held in Durban, South Africa, in July 2009 at the International Council of Nurses’ congress. “This network will create a forum for the global nursing education community to share resources in responding to the nursing shortage,” predicts Nardi.
The World Health Organization has developed global standards for professional nursing and midwifery education based on the perspectives of more than 90 nursing associations, academic institutions and government bodies. These standards aim to raise the quality of nursing education and create paths for professional advancement in line with national, regional and global health needs.
In addition, the Bologna Process allows for academic exchange of comparable credits and degrees within the 46 European countries that are currently signatories. “For nursing, this could mean a collective improvement in professional and educational attainment globally,” says Gyurko. The International Academic Nursing Alliance provides an electronic community for nursing trainers worldwide and offers a wide range of educational resources. The World Health Assembly has also adopted a resolution to develop a code of practice on international recruitment of health personnel to try to manage health workforce migration more effectively.
An antenatal check-up is performed by a midwife in New Delhi, India.
WHO/P Virot
An antenatal check-up is performed by a midwife in New Delhi, India.
In India, some of the issues related to nurse retention still remain to be tackled – job insecurity for the contractual staff, low pay in both the government and private sectors, lack of a conducive work environment and infrastructure facilities. But, says Chaudhary, progress is being made. “Recently the cabinet approved the setting up of 260 government nursing schools at the district level to meet the shortage of nursing staff. The government has also increased the budgetary allocation for nursing education,” she says.
Though nurse migration remains an issue, there has been some reduction in the number of new graduates leaving the profession. Nursing is considered a respectable profession by most sections of Indian society and the acceptability of male nurses has increased over the years, in contrast with the Maldives, which does not allow them. “Male nurses are preferred in the tribal areas, particularly in areas with difficult access,” says Chaudhary. Some states have taken initiatives to promote male nurses. For example, Maharashtra State has reserved 20% of places in its nursing colleges for male students.
Recruiting nurses to rural areas also needs special attention. Recent research has shown that nurses in Kenya, South Africa and Thailand are receptive to different incentives to remain in nursing posts in rural areas; in Africa, nurses were more likely to accept a rural post with better educational opportunities or better pay due to rural allowances but Thai nurses regarded better health insurance coverage as the most important incentive. “Intervention packages tailored to local conditions are more likely to be effective than standardized global approaches,” suggests Duane Blaauw, from the University of the Witwatersrand, Johannesburg, South Africa.
Leila McWhinney-Dehaney, now chief nursing officer in Jamaica, worked as a registered nurse midwife for 20 years. “Working in rural Jamaica uncovered for me the complexity of some health issues that rural people faced,” she says. “I understood how much they relied on the health-care provider, especially nurses and midwives, to help them understand and deal with their health issues.
“The indomitable spirit of our people in deep rural areas was sometimes challenged by the high cost of transportation to both primary and secondary care facilities, and access to laboratory facilities and pharmaceuticals. This sometimes forced them to find alternative methods of treatment. As a nurse, I was often in a position to ‘go the extra mile’ to help patients access care.”


Petição Corte nos vencimentos da classe política

(Também isto tem que ver com a nossa carreira)


Petição Pública Logotipo

Para:Assembleia da República; 

Primeiro-Ministro; Ministro das Finanças

"Não há condições para ir além do não aumento dos salários no actual contexto orçamental", sublinhou o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos.
Depois de um aumento de 2,9% em 2009, o Governo decidiu, apresentar na proposta de Orçamento de Estado para este ano o congelamento dos salários para os funcionários públicos.

Consideramos que se pode ir mais além e como o exemplo deve vir de cima esta petição apela à redução em 2,9% dos salários da classe política.

Estabelecer para que no sentido da manutenção e garantia do futuro das nossas pensões sejam colocados máximos nas pensões ninguém, a bem dos que hoje estão no activo, poderá auferir um valor de aposentação superior a 3000 euros.

 http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=SGV

quarta-feira, 5 de maio de 2010

XII Seminário Saúde Mental - "Verdade ou Consequência" - Saúde Mental Comunitária

Cartaz Seminario Final

Triptico Seminario Final

A Revolta do Presidente da AMI

As noticias que a comunicação social não dá!!!!


 

       Dr. Fernando Nobre
      "Temos 40% de pobres"
      III Congresso Nacional de Economistas

     O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?"
Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".
"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.
"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir.... algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.

O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".
No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".
Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros quanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável!Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".

22 e 23 Maio - Luto Nacional

PROTESTO