sábado, 26 de março de 2011

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jovens Enfermeiros - Hora de lutar

jovenscomunicado

Manifesto do SEP pela Greve Geral

Manifesto

Gestão da Saúde em tempos de crise

Deixo aqui um trabalho do economista Eugénio Rosa de toda a pertinência nos dias que correm.

SNS 3 Hospital Santa Maria FINAL Nov 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Publicação da Carreira de Enfermagem

Olá Colegas e amigos.

Foi hoje publicada em Diário da Republica a carreira de enfermagem na parte que respeita às questões salariais.

Quem não tem motivos para fazer greve no dia 24?

Carreira de Enfermagem

E aqui fica a tabela remuneratoria única:

tabela remuneratoria unica

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Plenário intersindical de trabalhadores do CHPL

Na sequência das recentes medidas de austeridade anunciadas pelo governo o SEP decidiu promover a organização de reuniões com representantes de todos os sindicatos em diversas instituições.
No CHPL também foi promovida a organização de uma reunião conjunta com vários sindicatos que se realizará no dia 04/11/2010 pelas 14h no anfiteatro. Estarão presentes o Sindicato dos Médicos da Zona Sul e o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública Sul e Açores. Pretende-se assim perceber e discutir a realidade multidisciplinar nas várias instituições.
Serão abordadas as medidas de austeridade e o seu impacto na vida dos trabalhadores e acções de luta a desenvolver.
Todos temos consciência do ataque que está a ser feito às condições de vida de cada um de nós. Perante isso não podemos deixar de participar na reunião e dar o nosso contributo. Não podemos deixar de agir e levar um colega/trabalhador de qualquer classe profissional connosco.


Plenario HJM

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Corte dos salários

Esta é a tabela de cortes salariais imposta pelo governo.
Os salários são ilíquidos totais (inclui horas de qualidade, subsídios ...)

Cancelamento dos concursos

Colegas e amigos

No dia 7 foi publicado um despacho do Ministro das finanças que cancelou todos os concursos a decorrer para os quais não tivesse sido ainda publicada a lista de classificação final.
Posteriormente o secretário de estado veio afirmar publicamente que o despacho não devia ser entendido dessa forma.
Para todos os efeitos o que vigora é o que está escrito e não aquilo que é dito aos meios de comunicação social.

Toda esta situação é uma incógnita para todos e a ser implementada tem muitas implicações possíveis:
- Despedimentos;
- Passagem a subcontratações.

Quanto a esta situação o SEP:
- Pediu já uma reunião ao Ministério da saúde para discutir esta questão;
- O Dep. Jurídico do SEP está a avaliar a legalidade deste despacho do Ministério das Finanças;
- Aderiu à Greve Geral convocada pela CGTP no âmbito das medidas de austeridade impostas pelo governo.

Este despacho não deve ser encarado como algo inquestionável e com o que nos temos que resignar. Tal como todas as outras medidas do PEC, esta deve ser contestada e rejeitada por nós.

O que podemos cada um de nós fazer?
- Mantermo-nos informados e participar nas acções promovidas pelo SEP;
- Quem tiver informações e dúvidas deve contactar o SEP;
- Participar na Greve Geral de 24/10.


MedAusteridadeDespacho15248-A CessaçãoConcursos 7Out10

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ministério da Saúde Mente! CNESE não fez acordo!

CNESEnoFEZnenhumAcordo_15Junho10_2

Greve e Manifestação no dia 18 de Junho de 2010

Temos caminhos para o futuro

PCP marca debate de urgência com ministra da Saúde - Política - PUBLICO.PT

O PCP vai exigir explicações do Governo sobre os cortes orçamentais na Saúde, que considera estarem “a prejudicar muitíssimo” a prestação de cuidados nesta área. Para ouvir Ana Jorge, os comunistas agendaram um debate de urgência no Parlamento para esta sexta-feira.
O PCP considera que as medidas do ministério de Ana Jorge estão “a prejudicar muitíssimo a prestação de cuidados de saúde"


O agendamento solicitado pela bancada comunista foi marcado hoje na conferência de líderes parlamentares, disse à Lusa o presidente do grupo parlamentar do PCP, Bernardino Soares, à saída da reunião. 

“Temos verificado que a situação do Serviço Nacional de Saúde está a degradar-se a olhos vistos, com inúmeras decisões que decorrem directamente da linha de cortes orçamentais que o Governo decidiu”, disse o líder parlamentar, citando casos como a proposta de encerramento das urgências pediátricas na península de Setúbal durante o verão, a situação no Instituto Nacional de Emergência Médica e os protestos dos enfermeiros. 

Para o PCP, as medidas do Governo neste sector estão “a prejudicar muitíssimo a prestação de cuidados de saúde às populações”, reflectindo-se “no aumento dos custos com a saúde, nomeadamente na área do medicamento”. 

Os comunistas exigem a presença da ministra Ana Jorge no Parlamento, “para justificar estas medidas e dar explicações ao país sobre a gravidade das opções que está a tomar”.


PCP marca debate de urgência com ministra da Saúde - Política - PUBLICO.PT

terça-feira, 15 de junho de 2010

A GREVE FOI SUSPENSA NOS DIAS 15, 16 e 17 de JUNHO.

MANTÉM-SE A GREVE NACIONAL NO DIA 18/6 (SEXTA) E MANIFESTAÇÃO (Concentração em Lisboa, Campo Pequeno, às 14h30)

NÃO HOUVE QUALQUER ACORDO entre a CNESE e o MSAÚDE

A – SOBRE A SUSPENSÃO DA GREVE
Tal como já pretendia na última reunião e informámos, o MSaúde/Finanças impôs hoje o encerramento do processo negocial sobre o Projecto de Diploma relativo a Grelhas Salariais, Rácios e Transições. Legalmente pode fazê-lo independentemente de acordo/vontade/desejo dos Sindicatos.
Neste quadro, manter os 4 dias de Greve, era levar os Enfermeiros a perder mais vencimento sem qualquer possibilidade real de obter algum ganho. Porquê? Porque, sobre esta matéria, o MSaúde encerrou a negociação, não há mais reuniões sobre esta matéria, não há realisticamente a possibilidade de obter o que quer que seja.
A proposta que o MSaúde/Finanças impôs não é Inadmissível e Intolerável? É
Não estamos Revoltados? Estamos
Não estamos Indignados? Estamos
E não fazemos nada? Fazemos. Por isso, mantemos Greve Geral e Nacional do Dia 18/6 e Manifestação para Protestar
E não fazemos mais nada? Fazemos. Vamos intervir nas diferentes instâncias, que podem intervir sobre esta matéria (designadamente, 1.º Ministro, Presidente da República, Assembleia da República)
Mas porque é que não fazemos os 4 dias de Greve? Porque eram 4 dias de puro Protesto. Não haveria nenhum retorno. Não haveria nenhum ganho. Isto porque o MSaúde/Finanças, sobre esta matéria, não reúne mais. E não reúne mais porque impôs o encerramento das negociações. Agora o Projecto de Diploma segue para Conselho de Ministros e depois para a Presidência da República.

B – SOBRE A REUNIÃO NEGOCIAL – CARREIRA DE ENFERMAGEM

B1 – Processo
Agendada para as 10h00, teve o seu início às 12h00. Interrupção das 13h00 às 14h00. Terminou às 20h30.
Estiveram presentes, para além das habituais Assessorias, a Ministra e o Secretário de Estado da Saúde e o Secretário de Estado das Finanças e Administração Pública.

B2 – Conjunto de Princípios sobre a Avaliação de Desempenho, ACT/Organização do trabalho, Direcção de Enfermagem e Concursos.
O conjunto destes Princípios serão integrados nos diferentes Instrumentos Legais a negociar.
B2.1 – Avaliação de Desempenho
Até 15 de Julho MSaúde apresenta Proposta de Diploma e haverá reunião até final de Julho.
A Proposta de Diploma deve reflectir, designadamente, os seguintes princípios:
·         A Avaliação é anual e feita inter-pares
·         Concretizará a forma de valorizar a atribuição do Título de Enfermeiro Especialista
B2.2 – ACT/Organização do trabalho
A Proposta de ACT deve reflectir, designadamente, os seguintes princípios:
·         Serão desenvolvidas/ajustadas as funções das Categorias às diferentes Áreas de Exercício Profissional (art.º 6º, DL 248/2009)
·         Ficaram consagrados vários princípios sobre a Organização do Tempo de Trabalho que hoje temos na Carreira
·         As Horas de Qualidade, Extra e Prevenção são regulados por legislação especial tendo como base de partida/referência o DL 62/79
B2.3 – Organização dos Serviços de Enfermagem
B2.3.1 – Direcção de Enfermagem (n.º 5, art.º 18, DL 248/2009)
Até 23 de Julho MSaúde apresenta Proposta de Diploma e haverá reunião até final de Julho.
A Proposta de Diploma deve definir a composição, competências e forma de funcionamento;
B2.3.2 – Categorias Subsistentes
MSaúde clarificou o conjunto de princípios que a CNESE vem divulgando e que decorrem da lei publicada (DL 248/2009). Designadamente:
·         O conteúdo funcional de Chefes e Supervisores é o previsto no DL 437/91
·         A sua Avaliação de Desempenho é feita pelo Sistema Específico dos Enfermeiros
·         Os CA estão legalmente proibidos de recrutar ou a recorrer a instrumentos de mobilidade para o exercício de funções que correspondam a Chefes e Supervisores
·         Os Chefes e Supervisores, se exercerem as funções previstas nas al. e) a r), n.º 1, art.º 10º do DL 248/99, fazem-no em comissão de serviço e têm direito à remuneração correspondente aos cargos de chefia e direcção
B2.4 – Concursos
MS vai apresentar proposta de diploma.

B3 – Projecto de Diploma
B3.1 – Estrutura da Grelha
·         MSaúde/Finanças impuseram a Grelha já conhecida.
·         Apenas aceitaram que a Posição 1 de Enfermeiro Principal passasse do 48 para 49
B3.2 – Mudança de Posição Remuneratória
·         MSaúde/Finanças impuseram que se faça nos termos dos art.ºs 46 a 48 da Lei 12-A, mas na consideração do Sistema Específico da Avaliação de Desempenho.
B3.3 – Rácios de Enfermeiro Principal
·         MSaúde/Finanças impuseram:
·         Os Mapas de Pessoal devem prever, no que respeita ao número de Postos de Trabalho para Enf. Principal, um mínimo de 10 e um máximo de 25% do número total de enfermeiros;
·         A previsão acima dos 20% carece de proposta fundamentada e parecer dos MSaúde/Finanças
·         No cômputo destas percentagens é considerado o actual n.º de Chefes e Supervisores (actualmente cerca de 6%)
B3.4 – Transições
B3.4.1 – Área Funcional
·         Mantém-se a transição prevista no DL 248/2009
·         É reafirmado que nenhum Enf.º Chefe e Supervisor Transita para Enf.º Principal
B3.4.2 – Económica
·         MSaúde/Finanças impuseram a Transição sem ganho económico para a generalidade dos Enfermeiros
·         MSaúde/Finanças impuseram a já conhecida transição faseada, até 1.1.2013, dos colegas que hoje recebem menos de 1 200 euros
·         MSaúde/Finanças aceitaram retirar a sua proposta de não contagem do tempo de serviço após transição
B3.5 – Remuneração de “Chefias e Direcção”
·         MSaúde/Finanças impuseram que o exercício das funções de chefia e direcção (al. e) a r), n.º 1, art.º 10º) confere (e também aos que se encontram em categoria Subsistente no exercício daquelas funções) um acréscimo remuneratório, respectivamente, de 200 e 300 euros.

C – OUTROS ASPECTOS
C1 – PPP BRAGA
MSaúde mantém o mesmo entendimento legal relativamente ao que fixou para a PPP Cascais: A Entidade Gestora do Estabelecimento (Escala Braga) está legalmente obrigada, na Transição para o Novo Hospital:
·         A levar a totalidade doa actuais Enfermeiros
·         A manter a actual relação jurídica de emprego da totalidade dos enfermeiros (CTFPTIndeterminado)

C2 – INEM
MSaúde/Finanças mantém a afirmação:
·         O Plano de Contenção/”ganhos de eficiência” das Instituições não pode colocar em causa a prestação de cuidados/respostas às pessoas e muito menos a sua qualidade e segurança.
·         Não será encerrado nenhum meio INEM
·         As SIVs são para manter e inclusive aumentar, no desenvolvimento da reforma das “urgências”
·         Os Concursos, designadamente o do INEM que visa estabilizar os CTFPTI em regime de mobilidade, será aberto provavelmente ainda esta semana.

SOBRE ESTA E OUTRAS MATÉRIAS HAVERÁ NOVA REUNIÃO
COM A MINISTRA DA SAÚDE - DIA 23 DE JUNHO – 10H00


PARTICIPA NA MANIFESTAÇÃO – 18/JUNHO

terça-feira, 18 de maio de 2010

A lucidez da loucura


A SIC fez uma reportagem sobre o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Convido-vos a vê-la. Apesar de muitas limitações dá um pouco a noção da nossa realidade: dos que cá trabalhamos, dos que cá vivem, dos que cá vêm esporadicamente...
A nossa principal arma terapêutica somos nós próprios, os profissionais que cá trabalhamos e sobretudo a relação que estabelecemos com as pessoas (vulgo doentes). E já agora: não é possível fazer omeletes sem ovos. 
Apetece perguntar: 

Afinal qual é o valor destas vidas que estão aqui? 

E eu respondo a resposta de um Professor de Ética: 

Existem dois tipos de coisas no mundo: as que são substituíveis, logo têm valor e as que são insubstituíveis, logo não têm valor. Têm outra coisa: dignidade. É o caso da vida humana. 

Estas vidas não têm nem lhes deve ser atribuído qualquer valor. Têm dignidade! E essa é impagável. A seguir tem que se fazer outra pergunta: 

Será que valem o dinheiro que é gasto com eles? 

E já agora outra: 

E não se podia fazer mais e melhor?

E eu repito:

Mas como se fazem omeletes sem ovos?


MEDIDAS PARA REDUZIR O DÉFICE AGRAVARAO A SITUAÇÃO DA ECONOMIA

24-2010-Medidas-reducao-defice-agravam-crise-económica-social.pdf

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anunciado Roubo aos Trabalhadores - Desenvolvimento do País comprometido!

Foram ontem anunciadas medidas pelo Conselho de Ministros, negociadas entre o PS e o PSD, que vão contra os interesses de quem trabalha e do país:

1- Roubo nos salários, através do aumento do IRS;
2- Aumento do IVA, em todos os bens;
3- Congelamento nas admissões na função pública;
4- Corte nas verbas a aplicar nas autarquias;
5- Corte no apoio às empresas públicas;
6- Abandono do investimento público;

Estas medidas resultarão no estrangulamento do mercado interno, na diminuição ainda mais acentuada da actividade produtiva e no comprometimento do desenvolvimento económico.
Sem investimento público que promove o desenvolvimento económico, não se desenvolve a produção nacional, nem a criação de emprego.

A manifestação do dia 29 de Maio adquire uma importância ainda maior. A CGTP-IN tem um plenário de sindicatos extraordinário marcado com urgência para Sábado.

Precisamos lutar para contrariar estas medidas!

Diário Económico
Os portugueses vão sentir o aumento do IRS já este ano e, de acordo com as simulações feitas pela consultora KPMG para o Económico, são os três primeiros escalões que mais vão sentir o agravamento.
No entanto, serão sempre os contribuintes com rendimentos mais elevados que vão dar mais receita ao Estado, uma vez que pagam montantes mais elevados de imposto.
O primeiro-ministro apresentou a subida das taxas de IRS em um ponto percentual para os três primeiros escalões de IRS - rendimentos brutos anuais até 17.979 euros - e em 1,5 pontos para rendimentos a partir daquele montante.
Significa que quem estava sujeito, até agora, a uma taxa de 23,5%, passa a ter uma taxa de 24,5% de IRS, por exemplo. Estes aumentos afectarão todos os mais de quatro milhões de contribuintes.
Segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) relativos a 2007, são 3,8 milhões as famílias que vão ver o seu IRS agravado em um ponto percentual e 564,5 mil as que terão de pagar mais 1,5 pontos.
As simulações foram feitas pela KPMG e para todos os casos pressupõe-se a existência de encargos com educação e habitação, com as respectivas deduções pessoais.

Diário de Notícias
Pacote de austeridade foi ontem fechado entre o Governo e o PSD. Sócrates considerou-o "inevitável". Passos Coelho pediu "desculpa" e garante que não é um cheque em branco
"O mundo mudou nos últimos quinze dias." A frase é de José Sócrates e foi a justificação para o plano de austeridade, sobretudo para o aumento de impostos. O primeiro-ministro disse aos portugueses que estes sacrifícios eram "inevitáveis" para responder ao ataque dos mercados. Com o PSD assinou tréguas por ano e meio. As novas medidas para travar o défice e controlar a dívida vão prolongar-se até 2011.
Na voragem da crise e deste acordo feito em poucas horas, Pedro Passos Coelho sentiu necessidade de pedir "desculpa" aos portugueses. Até porque desde que é líder do PSD sempre se mostrou contra o aumento dos impostos.
Ontem, assumiu todas as responsabilidades e os custos políticos do entendimento com Sócrates. "Não quero lavar as mãos do acordo", disse o presidente social--democrata. E assumiu "o risco" de ficar associado a "um programa que traz mais sacrifícios aos portugueses". Deixou, no entanto, claro que não se "sente responsável" pela situação a que o País chegou.
As medidas que subscreveu chegaram-lhe à mão ao final da tarde de quarta-feira. E ontem na reunião de hora e meia com o primeiro-ministro não houve retoques de última hora nem nenhuma cedência.
O Governo comprometeu-se à partida a cumprir a regra que tinha sido balizada no Conselho Nacional dos sociais-democrata: a redução do défice é feita por acréscimo da receita em 1050 milhões de euros (impostos) e por cortes de 1100 milhões na despesa do Estado (ver textos nas págs. 6 e 7).
O líder do PSD garantiu aos portugueses que estas tréguas não são um cheque em branco. Avisou o Executivo de que a bancada do PSD vai entregar um diploma para reforçar os poderes da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e que os cortes na despesa são mesmo para fiscalizar.
Boa parte das medidas anunciadas ao País vão ter de passar pelo crivo do Parlamento e no curto prazo. A arrecadação fiscal do agravamento do IRS e do IRC vai materializar-se na alteração das tabelas de retenção na fonte do imposto sobre os particulares e no agravamento do pagamento especial por conta das empresas. A AR inevitavelmente terá de aprovar um Orçamento rectificativo a escassos meses após o de 2010 ter entrado em vigor.
Nem o momento de crise nem a necessidade imperiosa de um acordo de bloco central impedem que a tensão política entre o primeiro-ministro e o candidato ao seu lugar pelo PSD continue a manifestar-se. Sócrates desdenhou do corte de 5% no ordenado dos políticos, que tinha sido uma exigência de Passos. Chamou-lhe "medida simbólica". E disse: "Sou mais ligado aos resultados."
Passos ripostou: "Para o PSD há questões simbólicas que são essenciais sobretudo quando se exige aos portugueses que façam um sacrifício adicional." E, comentando o entusiasmo do líder do Governo com o crescimento económico no primeiro trimestre deste ano, foi cáustico. "Não partilho da ideia optimista de que a crise está vencida, nem que estejamos a dar uma lição à Europa."
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, também mostrava na SIC que acordo/acordo, amigos à parte. "Tenho é de pedir a compreensão aos portugueses e não pedir desculpa, porque não estou de má consciência..."
Seja como for, contestação de rua a este pacote deverá ser dura. Sócrates e Passos estão à espera da compreensão dos portugueses. Nas próximas legislativas, qualquer que seja o seu calendário, as urnas dirão quem os portugueses compreenderam melhor.

Diário Económico
O Governo anunciou ontem mais nove medidas do lado da despesa para cortar o défice orçamental. Saiba o que aí vem.
A partir do dia 1 de Julho, as admissões de pessoal na Função Pública ficam congeladas. Mesmo depois de ter admitido que o Estado teria de acelerar as contratações de pessoal para compensar a corrida às
reformas verificada no início do ano, o Governo apertou ainda mais as contratações. Esta é apenas uma das novas medidas de corte na despesa para reduzir o défice. Conheça todas as novidades.
1 - Admissões na função pública congeladas. O controlo das admissões no Estado vai ser ainda mais apertado. Em vez da regra 'dois por um', que implica que por cada duas saídas de funcionários para a aposentação, só pode ser admitido um novo trabalhador, as admissões ficam mesmo congeladas. No final do Conselho de Ministros, Sócrates restringiu a medida à Administração Central, mas ao final do dia o Ministério das Finanças confirmou ao Diário Económico que o congelamento se aplica a todas as administrações: "Só haverá admissões em casos excepcionais e devidamente fundamentados. A regra é aplicável a todas as administrações".
2 - Salários dos políticos reduzidos em 5%. O primeiro-ministro admitiu que esta não é uma medida com objectivos financeiros, mas sim simbólicos. E disse até que resultou de uma cedência na negociação com o PSD. Mas o que é certo é que os titulares de cargos públicos e os gestores públicos terão de suportar um corte de 5% no seu salário.
3 - Cativação de suplemento. Na administração central, todos os suplementos não obrigatórios serão cativados. Ou seja, na segunda metade de 2010 e durante o próximo ano estes suplementos não serão pagos, reduzindo-se uma vez mais as despesas com pessoal da Função Pública.
4 - regras mais apertadas no acesso a prestações. A atribuição de prestações sociais e o direito à sua manutenção será mais regrada. O Executivo aprovou ontem em Conselho de Ministros um decreto-Lei que estabelece mais critérios para aceder as estes apoios do Estado. Além disso, quem beneficia do Rendimento Social de Inserção será também sujeito a uma maior fiscalização.
5 - eliminação antecipada de medidas anti-crise. Apesar da retoma económica ainda seguir a ritmo lento e estar longe de ter sido consolidada, "as medidas anti-crise serão retiradas" mais cedo, de acordo com o comunicado do conselho de Ministros. Alguns exemplos são o alargamento do prazo do subsídio social de desemprego, o reembolso mais rápido dos impostos anuais ou as ajudas no pagamento do crédito à habitação em caso de desemprego de um dos titulares.
6 - corte nas verbas para as autarquias e regiões. As verbas que são transferidas para os municípios e para as regiões ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental vão sofrer um corte. O valor em discussão era um corte de 100 milhões de euros no total das verbas, mas ontem o primeiro-ministro não confirmou qual o montante final decidido.
7 - sector empresarial do estado recebe menos. Não são só as autarquias que terão de se sujeitar a cortes orçamentais. Também as empresas públicas terão de funcionar com uma verba mais baixa. Em causa estão, por exemplo, os hospitais-empresa. Em cima da mesa esteve também a possibilidade de se reduzir em 100 milhões de euros a verba para a RTP, mas o primeiro-ministro não detalhou ontem mais pormenores.
8 - Serviços ficam sujeitos a tectos de despesa. Os fundos e serviços autónomos serão sujeitos a tectos de despesa. O objectivo é evitar descontrolos orçamentais que penalizem a consolidação do conjunto das administrações públicas.
9 - cortes em comunicações e nos investimentos. Tal como já tinha ficado prometido, o Governo voltou ontem a sublinhar as restrições às despesas do Estado com comunicações (haverá uma cativação de 20% destas verbas) e aos investimentos.

Manifestação Nacional 29 Maio

Manifestao_Nacional

Os ricos para serem mais ricos obrigam os trabalhadores a ficar mais pobres

CI024