Ontem, 13/01/2010, realizou-se no CHPL uma reunião de enfermeiros, dinamizada pelo SEP. Contou com a participação de 22 Enfermeiros de diversos serviços do CHPL e foi muito produtiva uma vez que se debateu o processo negocial da carreira que tem decorrido, a humilhante proposta de grelha salarial do governo, a proposta de grelha do SEP e as medidas de contestação que estão a ser planeadas.
Quanto à Greve destacou-se um aspecto importante: muitos de nós dizemos que nas greves se acabam por prestar os mesmos cuidados. Os cuidados mínimos são legalmente aqueles que quando não são prestados põem em risco a vida dos nossos utentes. São apenas esses que devem ser prestados na Greve.
Higiene, vestir, eliminação vesical e intestinal, alimentação, levantes, pensos, alterações de medicação, a própria medicação, telefonemas, ensinos, problemas no sono, actividades terapêuticas de grupo, registos (...), esta discussão e consciencialização tem que acontecer: quem dos nossos doentes fica com a vida em risco se estes cuidados não forem prestados? O próprio fardamento não põe em risco nenhuma vida…Se não cumprirmos este desígnio estamos a trabalhar o mesmo com menos enfermeiros. A população tem de sentir o impacto da Greve pois só assim demonstramos a necessidade dos enfermeiros.
O Ser Humano só dá valor às coisas que tem quando sente a falta delas!
Vamos fazer sentir o que seria "O mundo sem enfermeiros"!
É fundamental cada um de nós iniciar e promover a discussão nos nossos serviços de quais são concretamente (em linhas gerais) os cuidados mínimos em cada realidade particular, sem prejuízo para a tomada de decisão individual de cada enfermeiro.
Muito importantes foram os contributos dos colegas que participaram, dando o seu sentir quanto ao actual cenário bem como à actuação do SEP e algumas estratégias alternativas para melhor atingirmos os nossos objectivos.
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